2º Circula Forrólengo abre as celebrações juninas no DF

Projeto une os grupos Caco de Cuia e Mamulengo Fuzuê, promovendo rodas brincantes em escolas e espaços públicos

Entre os dias 03 e 09 de junho, a segunda edição do Circula Forrólengo irá promover apresentações culturais de forró e mamulengo no Recanto das Emas, Riacho Fundo I, Riacho Fundo II e Água Quente. Em ritmo de celebração junina, serão realizadas 12 apresentações em escolas e espaços públicos, unindo os grupos Caco de Cuia e Mamulengo Fuzuê. A programação tem entrada franca e contará com acessibilidade em Libras e audiodescrição.

O Circula Forrolengo celebra o encontro entre o forró e o mamulengo, manifestações da cultura popular brasileira registradas como Patrimônio Cultural Imaterial (Iphan). Com raízes na região Nordeste, essas duas formas de expressão também são parte da diversa identidade cultural do Distrito Federal, tão marcada pelos processos migratórios e pela presença de mestres(as) e brincantes da cultura popular.

Realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal, o Circula Forrólengo busca abrir rodas brincantes onde o povo está, ocupando as periferias do DF e abrangendo públicos de todas as idades. “Nossa ideia é abrir o período junino encantando e divertindo a população com manifestações genuinamente brasileiras e nordestinas”, conta Joelma Bomfim, idealizadora do projeto e integrante do grupo Caco de Cuia.

A cultura nordestina no Distrito Federal
Arrastapés e bailes de forró são encontrados por todo o DF, desde os tempos da construção da capital pelos trabalhadores migrantes. Em Ceilândia, a histórica Casa do Cantador foi projetada por Niemeyer e construída para abrigar cantadores, repentistas e cordelistas nordestinos chegantes na cidade. No acervo do Arquivo Público de Brasília, há relatos de que haviam apresentações de Mamulengo em meio às obras de construção. Já na pesquisa de registro do Mamulengo, realizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, em 2015, o DF é apontado como a região fora do Nordeste com o maior número de brincantes e grupos teatrais que trabalham com essa linguagem.

Caco de Cuia
O Caco de Cuia nasceu em 2005 com a missão de pesquisar os ritmos, as danças, os folguedos e a musicalidade da cultura popular brasileira. Travesseando o país, é nas tradições da cultura nordestina que está fincada a verdadeira raiz de seus componentes, num repertório que passeia pelo baião, forró, xaxado e xote. O grupo é conhecido pela espontaneidade em palco, espaço onde celebra a música em sintonia com os ensinos e a alma de mestres como Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, João do Vale e Dominguinhos. É composto por Joelma Bomfim, no triângulo; Rene Bomfim, no violão; Cássio Murilo, na zabumba; e Nivaldo do Acordeon, na sanfona.

Mamulengo Fuzuê
É brincadeira aprendida com as tradições, é palhaço na rua, é boneco na tolda, é teatro que celebra a arte e a cultura popular. O grupo foi fundado em 2007, no Ponto de Cultura Invenção Brasileira, em Taguatinga (DF), pelo brincante e bonequeiro ceilandense Thiago Francisco. Com mais de 15 anos de carreira, é reconhecido como expoente da nova geração do Teatro de Bonecos Popular do Nordeste. São sete espetáculos autorais e diversos prêmios, com passagens por festivais pelo DF, em todas as regiões do Brasil e em países como México e El Salvador.

PROGRAMAÇÃO ABERTA NOS ESPAÇOS PÚBLICOS
07/06 (sexta) – 11h: Restaurante Comunitário do Riacho Fundo II
09/06 (domingo) – 11h: Feira Permanente do Riacho Fundo I

PROGRAMAÇÃO NAS ESCOLAS
03/06 (segunda) – 10h30: CEF 101 do Recanto das Emas
05/06 (quarta) – 14h: EC Lajes da Jiboia de Ceilândia
06/06 (quinta) – 20h: CEF 405 do Recanto das Emas
08/06 (sábado) – 15h30: CED 01 do Riacho Fundo II

Da Assessoria

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