Caminhos da Cutia: Os Saberes das Mulheres Indígenas no Reflorestamento do Mundo é o nome da atividade inaugural da cátedra, com ações abertas ao público em 28 e 29 de maio e uma fechada para convidados realizada hoje. As anfitriãs são as titulares: a baiana Arissana Pataxó, a amazonense Francy Baniwa e a sul-mato-grossense Sandra Benites. O último dia terá transmitido ao vivo pela internet
A Cátedra Olavo Setubal de Arte, Cultura e Ciência, iniciativa em parceria do Itaú Cultural e o Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA/USP), dá início às ações de sua nova titularidade com programação a ser realizada de hoje a 29 de maio (segunda-feira a quarta-feira). A condução das atividades é das titulares da cátedra, a artista visual baiana Arissana Pataxó, do povo Pataxó, na região Nordeste; a antropóloga amazonense Francy Baniwa, do povo Baniwa, na região Norte; e a curadora sul-mato-grossense Sandra Benites do povo Guarani Nhandeva, região Centro-Oeste. Entre os temas que abordarão estão o artesanato, os cantos e os saberes sobre o parto.
O evento é realizado presencialmente na USP, em São Paulo, e conta, também, com transmissão ao vivo pelo site do IEA http://www.iea.usp.br/aovivo.
A primeira ação, nesta segunda-feira, é fechada para convidados. Trata-se do Encontro de Mulheres Indígenas, a ser realizado na Aldeia Guarani Mbya Kalipety com conversas, partilhas de saberes e rezas exclusivamente entre as catedráticas e mulheres da aldeia. As rodas de conversa prevista nesta programação, são abertas também à participação de convidados não-indígenas.
Para todos
As ações abertas ao público têm início amanhã, dia 28, no Auditório do IEA, com quatro atividades que integram as Oficinas de Saberes Indígenas.
A primeira vivência começa às 10h, com a Pajé Jaçanã Pataxó. Ele fala sobre sua trajetória como parteira e pajé, acompanhada de sua filha Maria Raimunda, artesã e auxiliar de parteira. Às 11h, a Vivência com Sábios/as do Alto Rio Negro fecha a programação da manhã, com a parteira e dona de roça Bibiana Fontes compartilhando cantos e saberes sobre o parto, nas línguas nheengatu e baniwa.
As oficinas são retomadas às 14h30, com a professora e dona de roça Maria Bidoca mostrando um pouco do fazer artesanal de seu povo, com o uso do tucum – uma espécie de palmeira. A programação do dia finaliza às 15h30 com uma roda de conversa sobre parto e nascimento, com participação da Pajé e parteira Jaçanã (pataxó) e a parteira e professora Adriana Moreira (mbya guarani). Elas contam suas experiências e a visão de seus povos acerca dos cuidados da gestação e do parto.
Com transmissão on-line, a programação no dia 29 (quarta-feira), às 10h, é realizada a mesa Caminhos da Cutia, na Sala Alfredo Bosi, na USP. Nela, será apresentado um panorama das propostas da Cátedra, um resumo do encontro de mulheres na Aldeia Kalipety e uma conversa entre Arissana Pataxó, Francy Baniwa e Sandra Benites com as convidadas sobre alimentação coletiva em contextos urbanos e saberes sobre roça, parto e cuidado da saúde.
Da Assessoria