Da Redação
O professor-doutor Richard Santos, titular da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) acaba de deixar a função de Pró-Reitor de Extensão e Cultura da instituição. Em Carta Aberta à Comunidade Acadêmica e Parceiros, ele faz um balanço de seu trabalho como, entre outros, de professor, coordenador de curso, chefe de Gabinete da Reitoria e Pró-Reitor. E também pontua uma série de críticas à atual gestão da UFSB.
“Prezados colegas e comunidade acadêmica, Hoje, neste 1º de novembro de 2024, mês da consciência negra, escrevo para me despedir da função de Pró-Reitor de Extensão e Cultura da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). Exerci este cargo com orgulho e dedicação, movido pelo compromisso de construir uma universidade que promova cultura, inclusão e responsabilidade social e racial. Saio com o sentimento de que fiz tudo o que foi possível, mas certo de que minha contribuição à UFSB, assim como meu compromisso com uma educação pública transformadora, permanecerá”, inicia a carta.
“Desde que entrei na UFSB, em 2018, tenho contribuído para buscar a unidade colaborativa de uma universidade então dividida. Em tempos de crise nacional e ameaças à autonomia das IFES, busquei fortalecer a unidade e a gestão democrática. Assumi cargos como Coordenador de Curso, Vice Decano e Decano do Centro de Formação em Artes e Comunicação, e posteriormente Chefe de Gabinete e PróReitor, onde procurei atuar com dedicação e respeito às diretrizes da extensão e cultura. Ao longo dessa jornada, tive a oportunidade de contribuir com uma equipe plural, excepcional e inspiradora, comprometida em transformar a universidade em um espaço vibrante de interação com a sociedade”, acrescenta.
“Contudo – prossegue o documento mais adiante -, em minha atuação como Chefe de Gabinete e posteriormente como PróReitor de Extensão e Cultura, percebi uma desconexão crescente entre as decisões da Reitoria e os princípios de transparência, participação, pluralidade e coletividade que eu tanto defendia. Em diversas ocasiões, testemunhei decisões unilaterais, que não só não contaram com meu apoio, mas foram muitas vezes contrariadas pelos próprios pares. Esse desalinhamento minou meu propósito inicial, evidenciando um distanciamento da gestão com o ideal de democracia interna que eu defendo”, agrega o documento.
Confira a íntegra: