Conversa de Justiça e Paz – V Dia Mundial dos Pobre: com o padre Júlio Lancelotti

“Humanizar-se estando ao lado dos pobres”

A Comissão Justiça e Paz de Brasília, recebe, mais uma vez, para uma Conversa de Justiça e Paz, no dia 8 de novembro, às 19 horas, o padre Júlio Lancelotti.

Como da primeira vez, padre Júlio nos visita ao ensejo da celebração do Dia Mundial dos Pobres, neste ano de 2021, marcado para o dia 14 de novembro.

O Dia Mundial dos Pobres é uma celebração católica romana, comemorada no 33º domingo do Tempo Comum desde 2017. Foi estabelecido pelo Papa Francisco em sua Carta Apostólica Misericordia et Misera, emitida em 20 de novembro de 2016 para comemorar o fim do Jubileu Extraordinário da Misericórdia. A cada ano o Papa nos convoca a abrir a nossa sensibilidade para compreender as exigências dos pobres, enquanto esses estejam entre nós e, como anuncia o Evangelho, com a palavra de Jesus: «Sempre tereis pobres entre vós» (Mc 14, 7).

Diz o Papa:

“É decisivo aumentar a sensibilidade para se compreender as exigências dos pobres, sempre em mutação por força das condições de vida. Com efeito, nas áreas economicamente mais desenvolvidas do mundo, está-se menos predisposto hoje que no passado a confrontar-se com a pobreza. O estado de relativo bem-estar ao qual se habituaram torna mais difícil aceitar sacrifícios e privações. Está-se pronto a tudo só para não ficar privado daquilo que foi fruto de fácil conquista. Deste modo, cai-se em formas de rancor, nervosismo espasmódico, reivindicações que levam ao medo, à angústia e, nalguns casos, à violência. Este não é o critério sobre o qual construir o futuro; também estas são formas de pobreza, para as quais não se pode deixar de olhar. Devemos estar abertos a ler os sinais dos tempos que exprimem novas modalidades de ser evangelizadores no mundo contemporâneo. A assistência imediata para acorrer às necessidades dos pobres não deve impedir de ser clarividente para atuar novos sinais do amor e da caridade cristã como resposta às novas pobrezas que experimenta a humanidade de hoje”.

É por isso que pensar nos pobres com disponibilidade sensível, é ter em mente o modo como o Padre Lancelotti exercita a sua vocação pastoral, na mais espontânea e misericordiosa disposição de fraternidade: “Sinto-me humanizado. Eu sinto que estou do lado que Jesus gostaria que eu estivesse”.

Tal como o padre Júlio, com seu avental de serviço e sua marreta simbolizando romper com os obstáculos do egoísmo e da indiferença que desumanizam, assim também deveríamos nos sentir. Para melhor atender o apelo do Papa Francisco:

Faço votos de que o Dia Mundial dos Pobres, chegado já à sua quinta celebração, possa radicar-se cada vez mais nas nossas Igrejas locais e abrir-se a um movimento de evangelização que, em primeira instância, encontre os pobres lá onde estão. Não podemos ficar à espera que batam à nossa porta; é urgente ir ter com eles às suas casas, aos hospitais e casas de assistência, à estrada e aos cantos escuros onde, por vezes, se escondem, aos centros de refúgio e de acolhimento… É importante compreender como se sentem, o que estão a passar e quais os desejos que têm no coração. … Os pobres estão no meio de nós. Como seria evangélico, se pudéssemos dizer com toda a verdade: também nós somos pobres, porque só assim conseguiríamos realmente reconhecê-los e fazê-los tornar-se parte da nossa vida e instrumento de salvação”.

Assim, a CJP-DF reforça, pois, o convite para a Conversa de Justiça e Paz on line, no dia 8 de novembro, às 19h. O evento será virtual e terá transmissão ao vivo através das nossas redes sociais:

https://www.facebook.com/cjpbrasilia

https://www.youtube.com/channel/UC5zB4glo3_MDaKI-kqOJXZw

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