Cantos do Mato une o Araguaia e o Pantanal, passando por Cuiabá

Álbum de Divino Arbués e João Ormond, com participação de Ana Rafael, será lançado nesta sexta, 18, nas plataformas digitais

Da Assessoria

Um disco com “o sabor de  um pirarucu lá do Araguaia com o de um pacu e uma piraputanga do Pantanal” será lançado nesta sexta-feira (18), nas plataformas digitais. “Cantos do Mato” une pela primeira vez em um álbum dois dos melhores artistas de Mato Grosso: Divino Arbués e João Ormond.

Parceiros há quase duas décadas, Divino e João compuseram várias canções juntos, gravaram individualmente suas músicas e as músicas de cada um. Mas esta é a primeira vez que entraram os dois num estúdio para gravar as canções desta parceria.

Uma parceria com forte significado musical num estado que conflui ritmos musicais distintos e riquíssimos, qual seus ricos ecossistemas e bacias hidrográficas. Assim, o encontro dos rios Araguaia e Paraguai acontecem neste disco, passando por um ponto equidistante – o rio Cuiabá.

Divino Arbués é rebento das águas do rio Araguaia, na sua Barra do Garças. João Ormond bruto nas margens do Paraguai, na sua Alto Paraguai. O ponto equidistante é Ana Rafaela, cantora ali das barrancas do rio Cuiabá, com participação especial no Cantos do Mato.

“Pra mim, soma muito na consolidação de minha obra artística, como um todo. Acho que a soma da maturidade da carreira do João e minha, enquanto compositores e cantores, é acrescida com as participações da Ana Rafaela e, por conseguinte, isso reúne de forma inédita, vertentes da cultura do Araguaia, do Pantanal e de Cuiabá. Por isso, certamente é importante para a música de Mato Grosso”, afirma Divino Arbués.

“Conheço o Divino de longas datas, desde os tempos dos festivais de praia de Barra do Garças. Ficamos amigos, tanto pessoal como musical e fizemos a nossa primeira composição, Flor do Cerrado, que faz parte deste CD. Uma música muito gostosa. Daí pra cá a gente vem sempre trabalhando juntos, compondo juntos, sempre fazendo músicas, e eu já gravei várias músicas minhas e do Divino e ele também já gravou várias canções nossas. Mas esta é a primeira vez que gravamos juntos.

“O Divino é um compositor poeta, muito refinado, ele gosta de pensar em palavras, e assim nós tivemos uma liga muito grande. Eu fico feliz por tê-lo como parceiro. São músicas que mostram a diversidade da cultura mato-grossense, esse caldeirão cultural que Mato Grosso é. Por ter esse divisor de água, vamos dizer assim, a gente tem aí a bacia do Araguaia e do outro lado a bacia do Paraguai”, anota Ormond.

“Eu cresci ali nasci em Alto Paraguai, onde o rio Paraguai passa dentro da cidade pequenininho. E o Divino nasceu em Barra do Garças, onde o rio Araguaia margeia a cidade. Então o nosso disco tem o sabor do pirarucu lá do rio Araguaia com o pacu e a piraputanga do Pantanal. Ligamos o Araguaia ao Pantanal, passando por Cuiabá com a Ana Rafaela, que é uma cuiabana de tchpa e cruz, com sua voz brilhante, marcante, bonita. Tudo isso contribuiu bastante para a grandeza desse trabalho”, finaliza Ormond.