Edna Sampaio apresenta projeto para incluir mulheres na Mesa Diretora

A vereadora Edna Sampaio (PT) apresentará esta semana à presidência da Câmara Municipal de Cuiabá um projeto Projeto de Resolução para alterar o regimento interno da Casa para criar cota para mulheres na composição da Mesa Diretora. Ela destacou que vai lutar para garantir que pelo menos uma mulher seja incluída.

A iniciativa faz parte das ações da parlamentar em alusão ao mês da mulher e visa contemplar duas de suas pautas centrais, a ampliação da participação feminina nos espaços de poder e o combate à violência política de gênero.

A atual Mesa Diretora é composta pelos vereadores Chico 2000 (PL), presidente; Rodrigo Arruda e Sá (Cidadania), 1º vice-presidente; Sargento Vidal (MDB), 2º vice-presidente; Adevair Cabral (PTB), 1º secretário e Wilson Kero Kero (Podemos), 2º secretário.

“A Mesa Diretora não pode ser constituída, com exclusividade, somente por homens. Não é possível que, tendo três mulheres aqui, neste parlamento, só homens se sentem na Mesa Diretora. Vamos fazer como o Congresso Nacional, onde tem cotas para mulheres. Mulher tem direito de sentar aqui na direção dessa mesa e não podemos levar tão longe a negociação política”, disse a parlamentar.

A parlamentar tem apontado a ausência das mulheres, em especial das negras, na Câmara de Cuiabá, e cobrado que a Casa seja “amiga das mulheres”. Ela lamentou, por exemplo, a reprovação pela Casa de medidas como o PL que criava o auxílio-aluguel para mulheres vítimas de violência, de sua autoria.

No pedido de Comissão Processante contra o prefeito Emanuel Pinheiro, reapresentado por ela esta segunda-feira (13), um dos argumentos é o descumprimento de leis e emendas, e muitas delas são voltadas ao público feminino, como a lei que criou a política municipal de promoção da saúde menstrual (que prevê a distribuição de absorventes a pessoas vulneráveis) e a emenda que destinou R$ 350 mil para a construção de uma fábrica de absorventes para serem distribuídos a este público.

“Uma em cada quatro mulheres no país já sofreu algum tipo de violência e o Brasil é o pior país das Américas e do Caribe em termos de participação da mulher na política e Mato Grosso é um dos estados mais perigosos para as mulheres. Queremos o direito de ocupar estes espaços de poder com paridade e qualidade”, disse a vereadora.

“É muito importante que as mulheres ocupem este parlamento. Elas não têm uma pauta separada. Sua pauta é a do desenvolvimento do município. Somente quando tivermos paridade nestes espaços de poder, vamos discutir a questão da mulher como um problema de política pública que afeta a cidade, o estado e o país”.

Da Assessoria

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