Nesta entrevista, a professora e pesquisadora Carolina Joana alerta que a falta de planejamento de ações para conter as causas da destruição do Pantanal Mato-grossense pode levar aquele ecossistema ao caos.
Professora da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), Carolina Joana lidera dois grupos de pesquisas sobre o Pantanal na região de Cáceres (Oeste de Mato Grosso e parte norte pantaneira), incluindo o rio Paraguai, que é o principal daquele ecossistema, sua espinha dorsal, como a professora se refere.
Ela acredita ser possível que os fazendeiros do agronegócio, que exerce forte impacto em especial sobre as nascentes do rio Paraguai e seus afluentes no Pantanal, possa ser convencidos a contribuir para salvar todo aquele ecossistema. Ao invés de marginalizá-los, seria mais conveniente convencê-los a ajudar na preservação.
Para isto, porém, enfatiza a professora, é necessária uma liderança política que agregue todos os interessados na sobrevivência do Pantanal para que confluam as ações visando sua preservação. Mas não há liderança (o presidente da República, os governadores, os prefeitos?) com competência e vontade política para tal.
Da mesma forma que não há projetos, planejamentos, ações preventivas e coordenação centralizada de órgãos públicos e iniciativa privada para evitar o caos que se avizinha.
Confira a entrevista:
Foto do alto: Chico Ribeiro