Programa recebe o pesquisador Roberto Monte. Transmissão será ao vivo, nesta quinta (13), às 19h, pelos canais TV 61 (@TV61bsb) e Alisson Lopes (@alissonlopes)
Da Redação
No dia 23 de novembro de 1935, a Insurreição Comunista – ou Revolta Comunista – teve início no Brasil, comandada pela Aliança Nacional Libertadora (ANL), com apoio do Partido Comunista do Brasil (PCB, na sigla de então) e da Internacional Comunista. Também conhecida como “Intentona Comunista”, no batismo dado pelo governo getulista à época e pela literatura burguesa até hoje, a Insurreição completa neste mês de novembro seus 90 anos.
Deflagrada especialmente entre os militares, o movimento teve adesão em apenas três estados: Rio de Janeiro, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Nos dois primeiros foi sufocado quase que imediatamente pelas forças do governo de Getúlio Vargas. Já em Natal, a resistência durou quase quatro dias, sendo derrotada no dia 27. Foram 82 horas que abalaram o Brasil.
Na entrevista que o programa Pensar DF fará nesta quinta-feira (13), ao vivo, às 19h, com o pesquisador e militante de direitos humanos Roberto Monte, de Natal, vamos saber dele como foram esses fatos, a resistência e a mobilização dos revoltosos com coluna para o interior do Rio Grande do Norte.
Outro fato quase desconhecido foi a Guerrilha do Baixo Açu, de Manoel Torquato, um movimento de guerra popular que mobilizou o interior do estado a partir de 1931 e prosseguiu até 1936, um ano após da Insurreição de 35.
O programa Pensar DF será transmitido pelos canais TV 61 (@TV61bsb) e Alisson Lopes (@alissonlopes), com apresentação do advogado, professor e historiador Alisson Lopes, do jornalista e escritor Dioclécio Luz e do jornalista João Orozimbo Negrão.
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Nosso entrevistado
Roberto Monte é militante de direitos humanos desde o ano de 1980, quando entrou na Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de Natal (RN), entidade que se transforma-se no Centro de Direitos Humanos e Memória Popular, pelos fundadores do MNDH, Movimento Nacional de Direitos Humanos.
A partir dos anos 80, seu trabalho com os direitos humanos se vincula à Memória e Educação em Direitos Humanos. Anos 90 fica ligado a turma de Margarida Genevois, na Rede Brasileiras de Educação em Direitos Humanos.
Juntamente com o NEV/USP Núcleo de Estudos da Violência, montamos o segundo Programa Estadual de Direitos Humanos, junto com Paulo Sérgio Pinheiro.
Com Luiz Fernando Santoro, seu trabalho se integra à ABVP (Associação Brasileira de Vídeo Popular) e através dela surge a TV Memória Popular.
No dia 02 de Maio de 1995, é criada a DHnet Rede Direitos Humanos e Cultura: www.dhnet.org.br
“Na sequência montamos a Pós TV DHnet, além da Editora Potiguariana e um canal de Áudios, Instrumentais de nossa Universidade Popular, um centro de formação que tem como intuito a pesquisa e a difusão das lutas políticas, sociais, sindicais e culturais do estado do RN entre os anos de 1930 + 100 anos”, conta Roberto Monte.
“Nos últimos 40 anos temos acervos completos de grande importância histórica, como a de Monsenhor Expedito Medeiros (fundador da experiência das Comunidades Eclesiais de Base), de Djalma Maranhão, da socióloga Brasília Carlos Ferreira, do educador da Campanha …De Pé no Chão Moacyr de Góes”, acrescenta.
“Em 2003 recebemos o acervo completo da advogada Mércia Albuquerque, que através partir de 1964, defendeu mais de 800 pessoas, sendo a maior advogada de presos políticos na região Nordeste do Brasil”, relata.
“Nesse ano de 2025, estamos dedicados as comemorações dos 90 anos da Insurreição de 1935 no Rio Grande do Norte”, conclui.
