Mutirum Entrevista: Tiganá Santana sobre a exposição ‘Línguas Africanas que Fazem o Brasil’

Músico, poeta e filósofo é o curador da a exposição “Línguas africanas que fazem o Brasil”, aberta ao público a partir desta quinta (13), até 18 de janeiro, no Centro Cultural TCU, em Brasília

 

Da Redação

 

A exposição “Línguas africanas que fazem o Brasil” será aberta ao público nesta quinta-feira (13.11), das 9h às 18h, seguindo até 18 de janeiro no Centro Cultural TCU (Tribunal de Contas da União). A curadoria da mostra é do músico, poeta, artista visual, filósofo e professor Tiganá Santana, com quem o HUB Mutirum de Comunicação conversou.

O HUB Mutirum de Comunicação é integrado pelos canais TV Mutirum (@mutiruminstitutodacultura138), TV 61 (@TV61bsb) e Goiás Encanto & Prosa (@goiasencantoprosa3145). Posteriormente nossas entrevistas são editadas em podcast pela Rádio Agência Sapicuá, de Cuiabá, que disponibiliza seus conteúdos para mais de 60 emissoras em Mato Grosso.

Confira o link da entrevista ao final desta matéria.

A Exposição

A exposição evidencia a profunda contribuição dos idiomas e das culturas africanas – como o quimbundo, o quicongo, o umbundo, o iorubá e o fon – para a consolidação da identidade nacional e da estrutura da língua portuguesa falada no Brasil. “As palavras carregam histórias, afetos e memórias que atravessam o tempo — narrativas que revelam a identidade de um povo e seus laços ancestrais. Nos sons, nos gestos e nas ideias, o português do Brasil é atravessado por vozes africana”, pontua Tiganá.

São instalações, fotografias, objetos, esculturas, vídeos e telas que formam uma cartografia das palavras e do legado ancestral que compõe o tecido social brasileiro, que o público poderá visitar todos os dias, inclusive sábado e domingo, das 9h às 18h. A entrada gratuita.

Nosso entrevistado

Tiganá Santana (1982, Salvador. Vive e trabalha em São Paulo). Professor do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo (IEB-USP), tradutor e multiartista. Foi o primeiro compositor brasileiro a conceber como compositor um álbum contendo canções em línguas africanas. Possui estudos e publicações, principalmente, em estudos da linguagem, filosofias africanas de referência bantu, tradução e artes.

Sua tese de doutorado recebeu o “Prêmio Antônio Cândido” de melhor tese pela ANPOLL (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Letras e Linguística), tornando-se fundamental para pesquisas bantu no Brasil, a partir do seu diálogo com o pensador congolês Bunseki Fu-Kiau.

Foi um dos artistas participantes da 35ª edição da Bienal de São Paulo, e entre suas produções mais recentes figuram a curadoria da exposição “Línguas Africanas que Fazem o Brasil”, no Museu da Língua Portuguesa (2024/2025), em São Paulo, “Nossa Vida Bantu” no Museu de Arte do Rio (MAR-RJ) em 2025; e o lançamento do álbum musical “Caçada Noturna” (2024).

Abaixo, o link da entrevista com Tiganá Santana:

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