Pret@s Velh@s entrevista a professora Maria Inês: tod@s e todes estão convidad@s e convidades!

Programa será transmitido nesta terça, 19, às 20h, ao vivo, pelo HUB Mutirum de Comunicação

 

Da Redação

 

Prepare o seu coração para as coisas que ela vai contar! O programa Pret@s e Velh@s entrevista nesta terça-feira (19) a professora Maria Inês da Silva Barbosa. Ela esteve recentemente no epicentro de uma controvérsia durante a Conferência Municipal de Saúde de Cuiabá, sendo expulsa do evento pelo prefeito Abílio Brunini. Motivo: empregou o pronome “todes”, o que não agradou aos ouvidos ultradireitistas do alcaide.

Para além de uma confrontação ideológica, a postura do pelista foi interpretada como racista, sexista, misógina e etarista. A doutora Maria Inês é uma histórica lutadora das causas sociais, da antirracista e da defesa da saúde pública de qualidade. Sua presença na Conferência de Saúde de Cuiabá reflete a importância que ela tem em Mato Grosso e no Brasil.

É exatamente sobre ela, sua luta e importância para os brasileiros e, em particular, para a nossa população negra, que o Pret@s Velh@s convidou a professora-doutora Maria Inês para esta entrevista que será transmitida às 20h, ao vivo, pelo HUB Mutirum de Comunicação.

O HUB Mutirum de Comunicação é integrado pela TV Mutirum, o canal no YouTube do Mutirum Instituto da Cultura (www.mutirum.com), pela TV 61, canal do portal Expresso 61 (www.expresso61.com.br), pelo canal Goiás Encanto & Prosa e posteriormente transformado em podcast pela Rádio Agência Web Sapicuá (www.sapicua.com.br) .

Confira o link da transmissão abaixo e na sequeência o currículo da professora Maria Inês:

MINIBIOGRAFIA

Nascida e criada em bairro periférico de São Paulo, Cidade Dutra, extremo sul. Filha de Maria Thereza da Silva Barbosa, mãe que trabalhou como empregada doméstica a partir dos 9 anos, apartada da família, e José Henrique Barbosa, pai motorista, que foi alfabetizado por minha mãe, que só pode estudar até o segundo ano primário. Tive uma única irmã, Maria Thereza Barbosa Correa da Cruz (Li) formada em música clássica. Pai e Mãe se dedicaram e empenharam pela nossa formação profissional. Agora partes do Orum.

Vivência comunitária na infância, adolescência e parte da juventude, várias mães e adultos responsáveis por nossos cuidados, todas as casas nos pertenciam; irmãs e irmãos de leite, e consequentemente mães de leite que nutrem o corpo e o espírito, com permissão para cuidar, repreender, educar; tive 3.

O Ativismo vem deste espaço primeiro, a partir dos 15 anos, e sempre presente, imersão na realidade, compreensão e ganas de contribuir para transformar estruturas que geram injustiças, movimento de educação popular, movimento negro, base de minhas escolhas acadêmicas e formação profissional.

Múltiplas amizades forjadas na luta, companheiras e companheiros de jornada; apoio, pertença, solidariedade. Parceria negra-afetivo-amorosa gestada na militância.

Assistente Social; Mestre em Serviço Social; Doutora em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da USP, com tese sobre racismo em saúde, reconhecidamente o primeiro trabalho sobre perfil de mortalidade da população negra no país.

Professora Adjunta IV aposentada do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), onde exerci atividades de pesquisa, ensino e extensão na docência de cursos de graduação em enfermagem, nutrição e medicina; de especialização em saúde da família, saúde da mulher, e saúde coletiva; mestrado e doutorado em saúde e ambiente, e de mestrado em saúde coletiva. A experiência profissional também inclui a atuação em desenvolvimento comunitário, educação popular, e em serviços de saúde. A partir de 2003 integrei o quadro de servidores na gestão da Presidência da República. Atuação em diversas áreas da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR, sendo que em janeiro de 2007 encerrei minhas atividades como Subsecretária de Políticas de Ações Afirmativas. As atividades articularam diferentes segmentos da sociedade civil organizada, organismos internacionais, instituições públicas e privadas com o objetivo de institucionalizar a Política Nacional de Promoção da Igualdade Racial.

Entre 2007 e 2010 fiz parte da equipe do Fundo das Nações Unidas para a Mulher – UNIFEM Brasil e Cone Sul, atual ONU Mulheres, coordenando o Programa “Incorporação das Dimensões de Gênero, Raça e Etnia em programas de combate à pobreza” em 04 países da América Latina, Brasil, Bolívia, Guatemala e Paraguai.

Em 2010 fui Pesquisadora Bolsista Colaboradora do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada – IPEA, na área de políticas de igualdade racial.

Entre 2010 e 2011 atuei como Assessora Regional para Diversidade Cultural e Saúde na Organização Panamericana de Saúde no escritório regional em Washington/EUA.

Em 2012 prestei consultoria em saúde da população negra para a Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde.

De 2013 a 2017 fui consultora nacional da Organização Pan-americana de Saúde no Brasil – OPAS/OMS, responsável pela supervisão técnica do Termo de Cooperação entre a OPAS e a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia.

Fiz parte do Grupo Técnico de Igualdade Racial; Governo Federal do Brasil – Presidência da República – Equipe de Transição – 2022-2023 (Portaria n. 42, de 17 de novembro de 2022).

Atualmente, sou Consultora independente, Palestrante, Membro de Bancas de Exames de Pós-graduação, em temas sobre Política de Saúde, Educação, Ação Afirmativa, Gênero e Racismo; e faço parte do Conselho Científico da Associação de Pesquisa Iyaleta – Pesquisa, Ciências e Humanidades de 2022 a 2026.

Reencontros, filha de Iansã, Ekede de Oxumaré do Terreiro do Cobre; Engenho Velho da Federação; Salvador-Bahia.

 

 

 

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