Da Assessoria
A vereadora Edna Sampaio (PT) se pronunciou durante a sessão desta terça-feira (4) sobre os desdobramentos de sua oitiva, ocorrida no último dia 28, e sobre a sessão ordinária da última quinta-feira (29).
Ela voltou a negar que tenha acusado o presidente da Casa, vereador Chico 2000 (PL) ou qualquer outro parlamentar de envolvimento em “rachadinha” e esclareceu que sua fala, feita durante a oitiva, foi retirada de contexto e usada por seus adversários.
“Ao iniciar meu depoimento, remeti a dois exemplos de denúncias sobre verba indenizatória que não prosperaram por falta de provas, para ilustrar a polêmica do assunto VI. Porém, sem perceber, eu disse ‘Presidente da Casa’. Um erro formal, não doloso porque não houve qualquer tipo de acusação. Era apenas um exemplo para dizer o quanto esse tema é delicado para nós”, explicou.
“Extrair um fragmento de segundos de minha fala para fazer dela a senha para me violentar neste plenário, não é justo, não é ético. Em momento algum, minha fala teve teor acusatório sobre o presidente desta Casa ou quem quer que seja”.
A vereadora informou que vai pedir a retificação da ata de sua oitiva para que sua fala seja corrigida e avaliou que um erro meramente formal não justifica o “festival de violências” de que foi vítima durante a sessão da última quinta-feira.
Ela denunciou que o vídeo com sua fala foi usado para tentar atingir sua relação com o presidente da Casa, que sempre foi de respeito, e que alguns colegas transformaram a questão em um “ringue de ódio” contra sua pessoa, na tentativa de desqualificá-la e disseminar intrigas.
“A política não pode ser tão hostil à presença de uma mulher negra, combativa, de esquerda e comprometida com suas bandeiras. Precisa incluir as mulheres, respeitar e conviver com as mulheres dos mais diferentes espectros ideológicos. A política não pode conviver com os extremismos, com a falta de civilidade e respeito às pessoas e instituições”, disse.
Edna rebateu as acusações feitas pelo vereador Dilemário Alencar (Podemos) sobre a conta conjunta do mandato. Ela apresentou aos membros da Comissão de Ética um documento emitido pelo Banco do Brasil contendo a data de abertura da conta e o nome de todos os titulares.
“Estou sendo alvo de um linchamento moral sem que tenha cometido nenhum crime, sem que haja nenhuma acusação contra mim, sem que a Comissão de Ética tenha produzido prova contra mim, e nenhum dos ouvidos tenha me acusado”, disse.
“Não há dúvida de que alguns extremistas querem cassar o mandato da vereadora Edna não por um crime, mas porque represento um projeto vitorioso nas eleições de 2022, porque eu represento o projeto de Lula presidente do Brasil aqui nesta Câmara e nesta capital”.