Por Ricardo Gozzi, da Agência CMA
O Ibovespa aproveitou a retomada do apetite por risco nos mercados globais para finalmente, depois de bater na trave durante diversos pregões seguidos, estabelecer um novo recorde de fechamento para o índice. A bolsa encerrou o dia em alta de 2,75%, aos 122.385,92 pontos. O recorde de fechamento anterior – de 119.527,63 pontos, estabelecido em 23 de janeiro de 2020 – vigorava havia quase um ano.
Os investidores reagiram à confirmação pelo Senado dos Estados Unidos do resultado das eleições presidenciais de novembro e ao fato de o presidente eleito Joe Biden ter garantido maioria no Congresso na primeira metade de seu mandato.
A bolsa brasileira recebeu impulso adicional da notícia de que a CoronaVac, vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, teve eficácia de 78% na prevenção da doença. “O prognóstico é positivo”, avaliou André Perfeito, economista-chefe da Necton Corretora.
As incertezas com o cenário fiscal e o risco local prevaleceram, ofuscando a notícia de que a vacina contra a covid-19, desenvolvida pela Sinovac e o Instituto Butantan, a CoronaVac – atingiu 78% de eficácia.
O diretor da Correparti, Ricardo Gomes, destaca que as incertezas em torno do cenário fiscal doméstico permearam o mercado de câmbio local, após a Consultoria de Orçamento e Fiscalização da Câmara dos Deputados propor mudanças no teto de gastos.