Por Cláudio Moraes*
O seguinte texto é escrito a partir da pesquisa científica sobre o tema executado pelo professor Cláudio Moraes, sua orientadora da Pós-graduação Nayara de Oliveira e pela pesquisadora Rosângela Barbosa.
Este estudo parte da seguinte premissa: a arte do palhaço como ferramenta pedagógica e prática inovadora na formação inicial dos alunos do curso de Pedagogia. Assim, cabe ao professor ir em busca de novas técnicas que possam contribuir e oferecer aos seus alunos, aulas dinâmicas e atraentes de modo que envolva o aluno na Aprendizagem.
E por isso o Professor Cláudio Moraes elaborou uma ferramenta didática chamada O PALHAÇO PEDAGÓGICO com o intuito de inovar nas salas de aula dos cursos de Pedagogia do Distrito Federal.
O professor Cláudio é Pedagogo, Especialista em Práticas Inovadoras na Educação, Especialista em Docência do Ensino Superior com Metodologias Ativas de Aprendizagem e trabalha na arte do Palhaço há 19 anos. E desde 2008 leva seu PALHAÇO PEDAGÓGICO pra sala de aula, levando descontração, dinamismo e muitas risadas ao ambiente acadêmico.
Cláudio entra em sala como professor, começa a aula e ministra as aulas da Pedagogia e em certo momento ele pede licença, se retira da sala e se caracteriza como PALHAÇO PEDAGÓGICO, colocando seu nariz azul, seu paletó e sua cueca na cabeça, que normalmente ele confunde como “forro do capacete”. E então volta a sala caracterizado e retoma a aula como se nada tivesse acontecido, mas agora com sua outra personalidade, a de “ser lúdico” e entre risos e gargalhadas ele está agora como PALHAÇO PEDAGÓGICO e a aula ocorre de forma alegre, divertida e com mais atenção dos alunos.
“A partir dessa proposta, a pergunta norteadora desta pesquisa é: Será que de fato a arte do palhaço como ferramenta pedagógica contribui para a formação dos alunos do curso de Pedagogia?”
Trazer essa temática para as Faculdades de Pedagogia “ganha força se compreendido que o estudo sobre o PALHAÇO PEDAGÓGICO como ferramenta educacional no ensino superior carece de maior exploração e essa arte aliada às práticas inovadoras é capaz de contemplar um novo trajeto para a educação superior. É relevante também ressaltarmos que o palhaço é conhecido por seu papel lúdico e considera-se admirável levar a ludicidade também para campo do ensino superior.”
A figura do palhaço busca descontruir ambientes monótonos e na procura dessa quebra de barreiras em sala de aula entre docentes e alunos, trabalhar com a arte e o riso pode ser um caminho a ser seguido pelo ensino superior.
O palhaço como observa Kasper (2002) “comunica com o público da apresentação do espetáculo. O PALHAÇO PEDAGÓGICO tem em sua composição a comunicação corporal, pelo olhar e pelo figurino grotesco”. O palhaço estabelece um “comunicar”, é uma linguagem própria, com significados e sentidos, é quase um dialeto.
A partir das experiências do professor Cláudio, a prática da linguagem do palhaço no ensino superior desenvolvida em sala de aula no qual o professor em “estado de palhaço” expõe com liberdade de expressão seu lado ridículo e suas fragilidades, com o intuito do risível para os alunos de Pedagogia e assim alcançar a didática almejada com essa metodologia de ensino inovadora.
Os resultados da pesquisa da presença do PALHAÇO PEDAGÓGICO em sala de aula executada pelo professor Cláudio são os seguintes:
- Aumento do interesse do aluno pelo conteúdo ministrado pelo professor-palhaço;
- Quebra de aulas monótonas;
- Trabalha a criatividade em sala de aula;
- Aumenta a atenção dos alunos na aula;
- Que o riso proporcionado pelo PALHAÇO PEDAGÓGICO provoca empatia do professor com seus alunos;
- Que o palhaço é um ser comunicativo e promove ‘competências comunicativas’ entre alunos e professor;
- Promove um clima descontraído;
- Elimina uma educação tradicional engessada somente na absorção de conhecimento;
- Facilita o aprendizado;
- E melhora a didática em sala de aula.
Por fim, sugere-se então, maiores análises nos estudos sobre este assunto identificando mais resultados do humor como ferramenta pedagógica no ensino superior, em especial nos cursos de graduação em Pedagogia.
REFERÊNCIAS:
BOLOGNESI, Mário Fernando. Palhaços. São Paulo: Editora Unesp, 2003.
CASTRO, Alice Viveiros de. O elogio da bobagem–palhaços no Brasil e no mundo. Rio de Janeiro: Editora Família Bastos, 2005
ENGRÁCIO, Handerson Aguiar. O humor na educação. Universidade Aberta. Dissertação de Mestrado, 2008
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. Ed. São Paulo: Atlas, 2008.
KASPER, Kátia M. Hay que crear tensión: o jogo de Leo Bassi. Belo Horizonte, 2002. Site Alegrar. Disponível em http://www.alegrar.com.br/01/entrevista/index.htm//. Acesso em 18 fev. 2020.
SILVA, Rosângela Barbosa; MORAES, Cláudio Ricardo Chaves; OLIVEIRA, Nayara. PRÁTICAS INOVADORAS NO ENSINO SUPERIOR: UM OLHAR SOBRE AS PERSPECTIVAS DO CLOWN EM SALA DE AULA. Revista Projeção e Docência. V.11, n 1, ano 2020, p. 86-93.
* Cláudio Moraes é colunista do Expresso 61 na seção PEDAGOGIA CRÍTICA, professor universitário, pedagogo, artista, especialista em Práticas Inovadoras na Educação, tecnólogo em gestão ambiental urbana, especialista em Docência do Ensino Superior com Metodologias Ativas de Aprendizagem e pós-graduando em Arte, Cultura e Educação.
Realmente o Cláudio tem o dom e competência para desenvolver esse trabalho. Palhaço nas horas certas, e orientador com habilidade teatral específica para a evolução educacional.
Grande Josafá Junior, gratidão amigo
Abraços.